segunda-feira, abril 11, 2005

Todas as putas merecem o céu (ou na falta dele, um chulo) - em busca do Ouro-Puta II

Writen as PIMPO




Recentemente na Finlândia um estudo mostrava que a prostituição se restringia quase exclusivamente a estrangeiras, sendo que quase não existiam prostitutas finlandesas e as que existiam eram prostituas de luxo independentes, normalmente estudantes universitárias ou mulheres que usavam a prostituição como forma de obter rendimento suplementar para o seu emprego. Quer isto dizer que os chulos nestes países estão condenados? Será este o argumento definitivo que faz com que fique assente que o chulo só pode existir numa sociedade subdesenvolvida? Como chulo, penso que não. Um chulo é um empreendedor. Tem um certo e determinado grau de avaliação do risco, que lhe dá um conjunto de opções profissionais pelas quais ele opta. O chulo, tal como a puta, opta por aquilo que a sociedade lhe tem para oferecer. Ser chulo não é uma profissão vocacional, ao contrário de ser puta, que é altamente vocacional. Numa sociedade altamente equilibrada a puta não precisa de qualquer protecção adicional para a sua actividade e portanto a personalidade do chulo não é útil ao processo contratual entre puta e cliente. Ou seja. Na Finlândia existem chulos precisamente em relação ás putas que exigem protecção em relação à sociedade. Ou seja, as putas estrangeiras. Aquelas que podem ser deportadas, aquelas a quem a sociedade fecha as portas, aquelas que a sociedade deseja foder mas ao mesmo tempo quer expulsar…
Aqui em Marrocos conheci dois desses chulos, excelentes profissionais, putas muito bem tratadas, várias com documentos obtidos a partir de pedido de asilo, que depois de darem a cona, o cu e as mamas ao manifesto receberam a justa recompensa da nacionalidade. E atenção, o processo de asilo é tudo menos automático, é o processo de legalização que mais requer advogados, provas, testemunhos etc etc etc…
Descobri que para estes chulos a prostituição é apenas a porta de entrada num mundo apetecível do sexo, que depois tem uma evolução natural para a pornografia. Ou seja, o chulo finlandês, DEVIDO ÁS CARACTERISTICAS PRÓPRIAS DA SOCIEDADE, tem a faculdade de evoluir profissionalmente. Quem me dera viver apenas da pornografia, e admito que se o meu espírito fosse um pouco mais comedido certamente que seria capaz de me satisfazer apenas com essa actividade. Mas num país como Portugal isso é impossível. O Português consome muita pornografia mas tem uma certa ideia abjecta em relação à produção nacional. Para o português, ver uma tipa a ser fodida e a gemer em português faz uma aproximação com a sua mãezinha e portanto ele perde imediatamente a pica toda de ver o filme. Aliás, muitos poucos dos meus filmes ficam no mercado português, sendo que ajuda a baixa idade das minhas meninas e o seu profissionalismo para que me afirme no mercado internacional.
A pornografia é o píncaro do chuledo, é o altar-mor da nossa actividade, em que os lucros são de tal ordem em que a miúda, com muito menos fodas diárias, consegue enormes rendimentos, rendimentos esses que são astronómicos em relação ao chulo. Aliás, tenho de dizer que poucas são as minhas princesas que não aspiram a um lugar no estrelato pornográfico mundial. E é aí que a as minhas meninas se destacam. Estes meus dois colegas, tão distantes profissionalmente, a exercer num país civilizado, ficaram surpreendidos quando vários nomes mencionados por mim ressoaram nas suas cabeças como grandes profissionais femininas do porno mundial. Ou seja, a minha educação, nas primeiras semanas, em que faço as minhas princesas habituarem-se a chupar, engolir esperma, levar no cu, levar com dois paus (o meu mais um vibrador, pelo menos), que pode parecer demasiado intensiva, abre literalmente as portas de uma carreira que vai muito para além da actividade putal. A isto chamámos uma “cadeia de valor”, em que TODOS os participantes nela beneficiam com o profissionalismo mútuo.
E é que eles nem sabiam que estas meninas eram portuguesas! Portugal sempre teve este problema em relação a tudo o que tem qualidade neste país e é exportado para fora. Temos uma falta maciça de afirmação como marca. Ou seja, uma puta pode vir do PIMPO, mas quem é o PIMPO? É português, mas é UM português! Não faz parte de um GRUPO de portugueses. Portanto, para os meus cinematográficos para adultos estrangeiros, PIMPO é um tipo desenrascado, uma excepção, e portanto, PIMPO nunca será uma MARCA portuguesa. Aliás, PIMPO, por ser único, e não como parte de um CONJUNTO, será sempre visto como uma excepção, como alguém que se move onde tudo está parado, e portanto nunca surgirá a ideia de uma actriz portuguesa.
REVOLTA-ME, e não consigo calar a minha revolta, o facto de as putas húngaras serem conhecidas pela nacionalidade, e as putas portuguesas serem “latinas”, muitas vezes pedem-lhes para falar em BRASILEIRO nos filmes… quer dizer… é uma vergonha para o país, e eu sou porta-voz desta vergonha nacional que é os chulos portugueses, este grupo que silenciosamente trabalha para dignificar o país com brio e profissionalismo acima da média não consegue ser aceite pela sociedade. Aliás!!! Os chulos, quanto menos anticorpos encontram na sociedade, mais podem dispensar tempo a organizar a sua profissão. O chulo, quanto mais protegido é na sua actividade, menos exigente tem de ser em relação à puta. E em Portugal isso não acontece!
Vejo os meus amigos finlandeses a conversarem com um chulo Africano aqui na mesa ao lado. O chulo africano olha para mim com respeito e dirige-me algumas palavras de apreço. Respondo em inglês dizendo-lhe que, mesmo ele não tendo meninas brancas que me possam interessar, gosto da sua companhia e tem sido um bom amigo e vejo nele o que deve ser um chulo africano, e ele diz-me que tem umas meninas brancas, abandonadas num campo de refugiados, que apesar de já terem sido violadas por alguns soldados rebeldes da zona do Darfur estão ainda muito bem conservadas.
Não fico surpreendido, se os soldados são rebeldes, é natural que queiram descarregar essa raiva, portanto umas meninas brancas são sempre uma forma de “foder o Homem Branco”, que é uma espécie de panaceia em relação a todos os males em África. Vejo as fotografias e constato que têm um aspecto muito apresentável. São “italianas ou francesas”, vieram directamente do campo, garante-me o meu patrício negro, o que deve querer dizer que passaram apenas por um ou dois bordeis móveis. A carne branca tem muita procura em África, num dia uma miúda branca avia mais homens que 3 putas africanas por um preço 10 vezes mais caro. À primeira vista parece um contra-censo: o chulo livrar-se de uma boa fonte de rendimento. Mas rapidamente junto dois mais dois: a nossa economia baseia-se na economia clássica e obedece ás suas regras. Estas duas miúdas devem ser danadas e devem resistir-lhe e entre bater-lhe e deformá-las (diminuindo o seu valor) ou entregar o problema a outro, para mais Outro que é branco assemelha-se a ele como uma solução miraculosa. Entrega as miúdas em boas condições, e tem um lucro certo, enquanto que com a exploração delas teria fugas, sessões de violência, e estamos em Marrocos, Marrocos fica preocupantemente perto da Europa e se estas miúdas apanham um turista piedoso e minimamente informado lá se vai qualquer hipótese de recuperar algum do custo que estas miúdas tiveram…
Sorrio e aceito o desafio… comprar carne branca em plena África… vim longe para fazer um negócio na minha área… será que vou comprar puta por lebre? : )))))
A resposta no meu próximo texto…