Fazer render carne branca em território negro - (em busca do Ouro Puta III - O Chulo como Cineasta)
Written has PIMPO
Anna tem 19 anos, Katerina 18. São dados que para qualquer história seriam fundamentais, para qualquer pessoa seriam importantes. Mas para o meu olho adestrado de chulo, a tipa mais alta tem umas boas mamas mas está muito magra e a tipa mais baixa tem uma cara agressiva, está enroscada, o que é sinal de determinação e tem mazelas nos pulsos portanto foram algemados ou atados a alguma coisa e esteve assim quase até à minha chegada. Vejo que a zona das coxas não foi tratada com produtos cosméticos para disfarçar mazelas de fodas forçadas que pudessem ter, sinal de honestidade do chulo e de bom estado aparente das meninas. Vejo que arfam e se colocam direitas quando começo a falar numa língua que não compreendem, não se aproximam uma da outra, mantêm-se próximas mas não abraçadas, provavelmente não são irmãs, as irmãs reagem de forma diferente a um chulo, procuram um conforto mais físico. Não, estas duas partilham o mesmo destino mas não partilham o mesmo sangue, apesar dos Ucranianos dizerem que as putas da terra deles serem todas iguais. O chulo fala com a manha de quem está a vender uma preciosidade, mas noto-lhe a ansiedade dos gestos, como quem diz “Estas tipas dão-me cabo da cabeça, não tenho paciência para estas merdas” mas com um grande sorriso e sinais amistosos evidentes. Como qualquer chulo, depois destas observações imediatas, faço a pergunta instintiva: onde é que esta puta encaixa no meu mundo?
Sei um pouco de russo, e não vou estragar tudo com perguntas estúpidas, elas já não são meninas inocentes, já sabem para que é que eu estou ali, sou um compincha do senhor que as comprou a outro senhor, e sou apenas mais um passo na escala evolutiva de uma pirâmide de degradação invertida, e é preciso mostrar que sou chulo acima de tudo, para elas não procurarem em mim uma qualquer benevolência que sinceramente não tenho para dar…
Saúdo, digo que gostava de as levar para a Europa, que tenho uma companhia de filmes, que são filmes de truca-truca, que se ganha muito dinheiro com eles... e que se elas querem ser independentes na Europa… porque não? Que não gosto nada de as ver assim, que acho degradante, mas estou ali para comprar o trabalho delas, e por trabalho estou a ser claro, uso a palavra russa Mostruovi, foder. Primeiro irão fazer um filme aqui em Marrocos, depois se gostarem podem fazer mais, se não gostarem ficarão com dinheiro para voltarem para casa. Não querem voltar para casa, dizem-me, com a voz cristalina que contraria a evidência de terem sido fodidas por vários negros violentos nas últimas semanas. Acho esta situação estranha e pergunto imediatamente ao meu colega como é que estas miúdas, tão novas, chegaram aqui a Marrocos tão bem conservadas. Deveriam ter passado por 4 ou 5 bordeis antes de chegar aqui, deveriam estar mais insensíveis, drogadas e indiferentes do que duas ratas no fim de foderem com os 15 machos da praxe no período de acasalamento. Naif é um bom negociador, sabe do seu negócio, e mantem-se num silêncio que serve para mostrar o um equívoco. Serão turistas raptadas naquela região e enviadas directamente para aqui por algum intermediário de zona de guerra? Ele mantém-se em silêncio, está à espera que eu avalie por mim antes de fazer preço e finalmente resolver este enigma bicéfalo.
Estas meninas eram voluntárias numa associação médica até que foram raptadas na região do Darfur. Foram capturadas pelo próprio chefe dos guerrilheiros, e dado que os guerrilheiros eram muçulmanos extremistas, nem pensar em meterem-se com mulheres brancas, essas enviadas do diabo que congeminam em si os diabos brancos. Espancaram-nas, usaram dos seus conhecimentos médicos durante uns meses e depois na primeira oportunidade venderam-nas como despojos. Tecnicamente até podiam ser virgens, se o filho do primeiro comprador não fosse muçulmano e não tivesse concedido a si próprio o prazer de experimentar mulher branca em tão bom estado. Mas tirando isso, Naif jura pela cona santa da sua mãe (uma das putas mais conhecidas na história de Ceuta) que jamais homem algum lhes tocou. O comprador apressou-se a vir a Marrocos vendê-las e entregou-as no estado que eu contemplo neste momento ; )
Bem meninas, é esta a minha oferta: fazerem umas filmagens porno, das quais eu montarei 2 ou 3 filmes, depois venderei cada um desses filmes separadamente a cadeias americanas, holandesas e japonesas e ficarei com 90% do lucro de 9 direitos de autor por 12 horas de foda da vossa parte. Não é justo, mas mesmo assim vão ganhar muito dinheiro, e truca truca é bom, pelo menos comigo… A mais alta, apesar da cara mais doce, parece menos receptiva, e a mais baixa, enrolada e agressiva, consegue esboçar um sorriso, carregado de ironia. Há já muito tempo que aprenderam a deixar de perguntar porquê ou dizerem que têm direitos. Eu sou uma ténue esperança, e comigo vem um salvo-conduto pelas ruas de Ceuta, ruas tortuosamente retorcidas e sempre cheias de gente, talvez a hipótese de fuga, ou talvez eu lhes vá mesmo dar a liberdade. As opções delas não são muitas, e só uma positiva pode ser positiva para mim. Elas têm corpos adoráveis, a baixa tem pele suave, deve ter facilidade em fazer anal, a alta tem boas mamas e lábios grossos, e os homens adoram ver lábios grossos à volta de um caralho igualmente grosso. Não há propriamente um sim, mas também tenho de compreender, é a primeira vez que têm oportunidade de dar a sua opinião sobre alguma coisa em meses, portanto o sim é lento, inexpressivo, quase inaudível, acompanhado de um olhar para o chão, como quem vendeu a alma que já lhe foi arrancada, um negócio em que só se escolhe a forma como se vai perder ou se se vai perder mais ou menos depressa.
Como sabem, sou um visionário. Acreditem ou não, quando vi aquelas meninas senti-me invadido por uma inspiração cinematopinográfica que não me pode deixar indiferente de forma nenhuma àquelas meninas. É preciso perceber que para mim elas são apenas dinheiro em bruto, agora serão trabalhadas para dar o rendimento que estava escondido nelas e que elas próprias desconheciam possuir. Mas até aí existe ainda um percurso bastante sinuoso em que poderão acontecer bastantes recuos, ou o desfazer dos meus sonhos em areia, numa pequena duna de areia movediça onde posso ficar mais ou menos enterrado.
Em primeiro lugar, pagar a NAif o que ele pede. É muito, mas estamos a falar de mercadoria de primeira. E é uma insignificância face aos lucros possíveis. Como sabem, os chulos só se podem permitir a si próprios investir 10 a 15 por cento dos potenciais lucros de um qualquer negócio, devido à elevada incerteza da sua actividade. Juntando o pagamento a Naif, o aluguer de uma casa espaçosa com diferentes ambientes nos arredores de Ceuta com estilo europeu e com janelas amplas (as janelas das casas típicas desta região são minúsculas e impediriam qualquer filmagem com luz natural), a compra do material de filmagem e a estadia a profissionais europeus (seria imprudente alugar pessoas externas pois neste país a ideia de um filme porno filmado em território nacional é mais ou menos como imaginar o Bush a montar uma neta do Bin Laden), e os custos de alimentação, adereços e outros imprevistos não ficou em mais de 5% dos lucros mínimos esperados, portanto pode-se dizer que, sendo uma jogada arriscada, não se tratou de uma jogada assim tão arriscada face ao lucro, e o lucro comanda a vida do chulo.
As miúdas beneficiaram com a mudança de cenário, e começaram a falar imenso, mais até do que o que o meu russo absurdo permite interpretar. Os actores são uns rapazes espanhóis que fizeram um filme para mim no Algarve. Não percebem uma palavra de inglês além de “yeah” “baby” “suck” “bitch” “fuck” e o “me” para fazer frases com as palavras anteriores portanto nada de confratenizações entre o elenco feminino e masculino. Para dar incentivo ás meninas devolvo-lhes os passaportes, ficam com o quarto mais luxuoso da casa (que é o quarto onde vão foder com vários homens nos próximos dias por isso é bom que se habituem a ele), abro-lhes a ambas contas num banco suíço onde lhes deposito à cabeça 5 mil euros prometendo no final do filme entregar-lhes mais 5 mil. Pelo meio vamos falando de tudo e especialmente de sexo. São extremamente liberais, e qualquer réstea de vergonha que tivessem perderam-na algures entre Darfur e Marrocos. Garantem gostar de chupar, esperma não é problema, levar no cu tão pouco; dois homens a baixinha nunca fez, mas acha que não é problema, pois já teve com uma “que parecia três juntas”, e penso com um sorriso malicioso no filho do intermediário tunisino. Falo-lhes de mim, e nestas coisas temos sempre de puxar a puta à nossa sardinha, que sou produtor de filmes, normalmente filmes sérios, falo-lhes em dois ou três filmes que elas nunca ouviram falar mas que foram grandes sucessos, mas tenho este fetiche, e é com estes filmes que pago os outros, por isso não tenho muita escolha… tento perceber o que se passa, tento perceber o que tenho para dizer, tento ficar ao corrente do que faz sentido dizer e rapidamente consigo perceber o que será dar a minha melhor imagem de mim para que estas meninas confiem em mim, ou não fosse eu o grande chulo que sou. Afinal não fui eu que as salvei?
E assim começaram as filmagens com Anna e Katerina, mas não as passei a chamar pelos nomes por educação: foi a forma mais natural pelas quais as tratar quando lhes explicava como deviam foder durante o filme…
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