quarta-feira, maio 19, 2004

Putedo, palavra feia, mas jargão profissional no meu meio...

Writen as PIMPO

Ás vezes pergunto-me como será ser call-girl e n ser minha funcionária. Ainda esta noite uma miúda de um colega de profissão, cruzando-se comigo num hotel de luxo onde tinha ido levar uma das minhas princesas queixou-se de que o patrão dela a obriga a fazer 10 clientes por dia. Claro q ela é uma clássica 70-30, uma menina brasileira gananciosa que acha que por ganhar mais do que o chulo está a atalhar no mundo dos negócios de cama. Mas claro, o chulo n é parvo e obriga-a a fazer muito mais clientes que uma menina normal, entretanto ela fica mais fácil de viciar em drogas, em leva-a a ourives com os quais tem acordos pra cobrarem mais pelas peças... enfim... manobras baixas e sem classe que fazem com que essas meninas em poucas semanas se tornem fantasmas saídos dos casulos ocos que são os seus cérebros. Mas aqui n há piedade, como todos os chulos a minha generosidade só se aplica ás miúdas que me dão algum a ganhar, e esta menina de Ipanema n recebe de mim mais q o meu sardónico " n se pode ter tudo" q é o meu hino de vida.

Naquele hotel "trabalham" 3 chulos, só eu consigo continuar a cobrar 250E por hora e meia, e isto sem segunda oportunidade. É esse o meu orgulho. As minha meninas podem ser as mais bonitas, eu posso ser o tipo com mais estilo... mas se n fôr eu a facturar mais então onde fica o respeito dos meus irmãos? É como bater. Se um irmão na Fé bate numa funcionária e acha isso suficientemente normal pra se vir gabar quem sou eu pra ser mau pra ele e dizer " esse n é o caminho" Se com ele resulta, se esse gesto faz as mulas dele andarem quem sou eu pra dar ordens na organização alheia? E quem sou eu pra fazer avaliações sobre a difícil tarefa de educar romenas, moldavas, russas, brasileiras, Angolanas... se eu n tenho essa barreira e consigo falar e fazer-me compreender tudo bem, mas os meus irmãos têm os probs deles, a sua luta diária. Tenho um amigo que tem as miúdas sempre a fugir-lhe, têm de ir com segurança até à porta do quarto. Claro, isso pra todos nós é desrespeito, as nossas princesas devem-nos amar e n andar praí à procura da primeira oportunidade pra passar pro mercado independente ou pra outros concorrentes. E nisso sou salomónico. Se acho q a vaca vale o prejuízo, se vejo nela a chama de uma verdadeira Cleopatra, capaz de levar homens À loucura e a soltarem os cordões À bolsa até sou capaz de dizer " Gonzaga, amigo, a gaja só te dá problemas e anda a fazer-te passar por parvo. Ou matas a puta ou ela ainda te leva à ruína." Custa-me falar assim, senhoras e meninas q lêm estas linhas, mas é assim que se fala no mundo do putedo, n me levem a mal, n posso falar como falo assim convosco, tenho de ser mais directo ao ponto, n posso demonstrar envolvimento pessoal senão como vou manter o respeito dos meus irmãos? E claro, O Gonz medita, pensa q a miúda é problemática, e eu até lhe pago uma semana completa em adiantado por ela e pronto, está consumada a troca. Mas a miúda tem de provar o que vale, tem de foder com todos e com tudo sem meias-tintas, tem de engolir esperma, levar na peida, fazer 2 ou 3 sem cobrar mais... enfim... tem de me mostrar q livrá-la daquele suplício n foi um acto de generosidade estupidamente desinteressado, que ela merecia ser salva. e depois entra numa rotina doce, arranjo-lhe clientes que encaixem na personalidade dela, e ela pode trabalhá-los por fora, receber prendas e dinheiro extra. E a toda esta prosperidade que tomo eu? 50% de cada encontro com o homem com quem ela está de livre vontade e q a ama. É pedir muito? Apenas uns grãos do paraíso...