sábado, maio 22, 2004

Democracia dos "-ismos"

Written as FREUD

Muito se fala de egoísmo quando se fala de casamento. É o aparelho de som que ele comprou depois de desancá-la aos berros por ter comprado mais uma saia, é a viagem que ela organiza numa altura em que as prestações da casa e carro atingem o seu pleno, é a visita aos pais dele que ela organiza sem lhe pedir qq opinião... enfim... todos se queixam... mas o que as pessoas se esquecem é q esse egoímos já estava presente no namoro e n parecia trazer problema nenhuma à relação. Claro que as pessoas só se apercebem desses momentos de fricção quando levam com eles na totalidade mas o gérmen já estava lá. Ela achava imensa piada a que ele tivesse sempre um sítio pra onde ir, tivesse sempre um restaurante na cabeça e lhe poupasse trabalho em pensar nisso. Mas claro, ele depois começa a achar essa responsabilidade um trabalho socialmente rígido e pronto... como é q depois se vai desmontar este automatismo no casamento??? Complicadito de facto...
Mas vamos lá aceitar essa tarefa. Em primeiro lugar é preciso mudar o campo de batalha. Temos de assumir que o casamento, aquela encarnação do casamento, já acabou. E muda-se pra outro ponto, em que nenhum do sconcorrentes mina o campo ao próximo. Claro q é impossível mudar pra um sítio completamente inócuo, distante de todos os sofrimentos passados. Mas faz-se o possível pra que as sobrevalências de uma e outra parte n estejam presentes neste novo contexto. Neste novo local devem estar ausentes as frustrações passadas que contribuiram para a imagem presente da relação, devem estar ausentes os diferendos que cimentaram a discórdia, devem estar ausentes os contratos de gestão de emoções...