Desânimo motivacional e etiqueta profissional num mundo que além de ser cão está cheio de carne
Writen as PIMPO
Já pensei muitas vezes em deixar de ser o que sou pra encarnar numa de executivo autoritário e moderno. Nós não somos isentos de dúvidas e muito do que fazemos é busca... não apenas de putedo novo pra meter a render mas uma busca mais abrangente, como por exemplo arranjar novos hotéis que antes estavam distantes e fechados à nossa entrada. O ano passado estive envolvido naquilo que se pode chamar uma “tomada hostil” ou takeover. Um grande amigo meu, Gaz, esteve temporariamente afastado da arena do putedo ( isto também devido a uma mal-sucedida tentativa de se expandir pró mundo do narcotráfico, um mundo que eu não sanciono nem À lei da bomba) e detido. Após ver que o seu braço direito não estava a resolver as questões com o aprumo necessário pediu-me pra que eu, a título de empréstimo, tomasse conta das meninas e contactos dele. Ora isto é uma questão muito profunda, pois os contactos e recebimentos são aquilo que há de mais precioso pra um chulo, aquilo que há de mais essencial no seu trabalho. Ao encarregar-me do recebimentos o meu irmão sabia que a percentagem dele iria ser reduziada drasticamente e em pouco tempo eu poderia mesmo achar que essa entrega, pra mais nas condições em que foi feita, não daria origem a qualquer responsabilidade de débito da minha parte face a ele. Mas lá está, eu não sou um chulo comum, nem o putedo pra mim é uma actividade menor ao nível da moral. Sendo assim, foi com rectidão que peguei nos investimentos dele e mantive toda a traça que caracterizou o sucesso de Gaz neste mundo: puta brasileira de mamas e cu grande, grupos, meninas com desconto desconto na segunda hora...
É preciso uma grande força de vontade pra resistir ao GZZZZZZ alheio. Em particular uma organização tão bem oleada como a do Gaz. São 500.000 euros por mês a passar-me pelas mãos, 30% pra mim mais custos com transporte e guarda das damas. Além disso, quando lidámos muito tempo com as putas de um chulo alheio desenvolvem-se entre nós laços que irremediavelmente vão afectar a docilidade destas com o seu antigo chefe. Pensar que estámos ali só pra receber uma quota que é netade da nossa organização com todas as tarefas de chefia é frustrante em termos de gestão. Só uma grande rectidão e força moral poderam-me impedir de tomar conta do negócio do Gaz em definitivo. Mas pra outros chulos a questão era menor e tentaram rapidamente tomar os espaços dos Gaz no hotel, dizendo que o que se passava era simplesmente uma passagem do putedo dele prá minha lista e portanto não se tratavam de duas organizações distintas mas de uma só e portanto o espaço do Gaz deveria ser ocupado por outrém. Esta questão é muito importante, porque a forma como o porteiro, recepcionista ou gerente do hotel escolhe o nro de telefone pró qual vai pedir as meninas é fundamental prá sobrevivência do chulo. Normalmente aquilo que está no topo das preocupações do elemento do hotel que faz o pedido é a discrição do chulo no fornecimento da menina, se ela chega bem vestida, se vai ser uma menina com classe que faça com que o cliente volte a pedir outra menina e outra e outra ( numa semana um gestor estrangeiro pode gastar 3000E em putedo, um valor a não desprezar). Depois, em segundo lugar, o que o homem vai ganhar com isso, e aí normalmente falámos de 50E, grupos e festas 150 ou 200 dependendo do que os tipos gastam com as meninas. Ora interessa aos funcionários terem mais do que um chulo a fornecer ao hotel a carne. Primeiro porque se garante o cuidado da organização na colocação das meninas ( visto estarmo-nos a cruzar com a concorrÊncia convém manter o low profile), depois porque se pode sempre pressionar os preços pra baixo em relação ao chulo, terceiro porque assim há sempre a garantia que se aranjam boas meninas ( ao fim de uma semana o funcionário já conhece as damas e portanto pode indicar ao cliente as suas características e assim saber se a menina se adequa aos desejos do cliente). A minha quota nos hotéis onde trabalho é de 1-100% 2-90% 3-100%. Ou seja, pra quem não está destro nestas coisas de transporte de gado, a primeira chamada pra aranjar uma menina é de certeza pra mim (1-100), se não tiver a menina pedida a minha 2 escolha tem 90% de hipótese de ser aceite (2-90) e dessa segunda escolha a menina é de certeza do agrado do cliente (3-100). Na gíria é um 3-100. Um chulo 3-100 tem responsabilidades num hotel, não pode dispersar as suas meninas por tudo o que é espaço de 5 estrelas pois vai ser bastante requisitado durante o dia. Daí que muitas vezes a menina é chamada pelo gerente a dedo pra um cliente especial com gostos especiais, como por exemplo o sado-maso pra clientes masoquistas ou os apreciadores de sexo anal ( como sabem, todas as minhas meninas tÊm de origem esta opção, mas no mercado não é assim tão comum) e não por um qualquer funcionário. Ou seja, um chulo como eu tem de ter um grande número de meninas e elas, acima de tudo, têm de ter compatibilidade entre elas ou seja, não podemos ter só uma mamalhuda loira pois se a mamalhuda loira estiver em Lisboa com 2 japoneses não vai poder estar a chicotear o director alemão no Porto. A chamada do hotel é atendida com eficiência e discrição, não se fazem perguntas dispensáveis, e só muito raramente se passa o telefone ao cliente ( em Inglaterra não se passa isto, sendo o cliente colocado imediatamente em contacto com a gerente da casa de meninas). No caso de não termos a menina apontada a dedo temos a segunda, que normalmente falha em relação à primeira na cor e comprimento do cabelo ou mais raramente no tamanho de peito. Quando se parte pra uma segunda escolha o mais importante é que o funcionário conheça a menina e simpatize com ela e que as diferenças entre a pedida por nome e esta não sejam muito grandes. Um tom mais escuro de loiro, umas mamas menos bombásticas, se calhar fala menos com o cliente e deixa-o menos maluco na cama, mas é importante que a imagem que a menina deixe nos clientes seja muito boa, o suficiente pra ser segunda escolha e não uma escolha inferior. A segunda escolha deve deixar o cliente completamente satisfeito e estar pronta pra qualquer sinal de desencanto da parte dele, especialmente se o pedido dele já foi a dedo ( por exemplo, um senhor que está pela segunda vez naquele mês alojado no hotel e voltou a pedir a menina com quem esteve no início do mês). O processo de escolha é muito claro como vêem. O chulo que tiver as Princesas mais “memoráveis” vai ter mais trabalho, mas nunca vai poder atingir o monopólio porque é impossível num dado momento um determinado chulo ter todas as mulheres dispostas a dar o corpo. E depois há as escolhas baseadas na nacionalidade; eu por exemplo não trabalho com produto estrangeiro e só lido com meninas universitárias exclusivas. Um construtor civil de Paredes alojado num Tivoli em Lisboa não quer uma menina delicada e inteligente mas sim uma gaja brasileira com cara de cona, peida grande, mamas desconchavadas e sotaque, que é o que ele encontra lá na casa de alterne da zona. Portanto, eu nunca poderei num dado momento aspirar a ser “monopolista”.
Mas voltando ao tema inicial deste post, que se faz longo pela problemática técnica que aborda, com o GAZ eu tive essa possibilidade, podendo unir sob o mesmo céu o material que agrada a portugueses e estrangeiros, a cultos e mentecaptos, a ricos e meros remediados. E a tentação foi grande. Durante 3 meses passou-me pelas mãos 100% do putedo que trabalhou em muito hotéis de Portugal, um valor inusitado. Também pude aprender com muito do que encontrei na organização do GAZ, como por exemplo o facto de a menina não ser chamada de casa mas passar o tempo de stand by num moradia de luxo a tratar do corpo pra ir impecável pró serviço com o cliente ou o facto de se poder ter nessa moradia serviço de incall em bungallows pagos ao preço de metade dos quartos dos hotéis de luxo com as mesma comodidades das suites que os clientes dessas casas raramente ocupam no hotel ( mas esta questão é mais periclitante pois afecta o rendimento dos funcionários do hotel e a longo prazo tem sido responsável por um evitar de chamadas das putas do Gaz e expõe o chulo a acções por parte das autoridades legais). Mas muita gente tentou arrebanhar as putas deste irmão empreendedor e a minha autoridade moral era baixa pra evitar estes contactos. Assim, ganhando bastante mas cada vez menos, a organização de Gaz foi-se esvaziando mais e mais até ao seu regresso. Quando ele regressou, mantendo os mesmos padrões e estrutura havia metade das garinas a trabalhar pra ele do que no dia em que tinha iniciado o seu périplo legal. Ainda não completamente recuperado, o meu irmão neste momento está já perto da sua quota em grande parte dos novos hotéis entretanto abertos no país, fez algum serviço baseado em telefones anunciados em jornais... enfim... teve de descer pra voltar a subir... mas continua a ser uma referÊncia, especialmente porque redescobriu a veia africana, e a puta africana trabalha por muito menos e tem aquela timidez extrema que agrada a empreiteiros portugueses e milionários alemães. A fantasia do colonialista a violar a pobre filha de África ainda agrada de sobre-maneira a muita gente, especialmente se a menina não falar inglês ou português. Mas não posso fazer nada em relação a este estado de depravação racista-moral. Os meus padrões são outros, os meus clientes têm o direito a gostos variados e, acima de tudo, as minhas meninas têm direito a serem vistas pelos clientes como eu as vejo: princesas...
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