quarta-feira, junho 23, 2004

O chulo tb dá a puta a torcer

Esta semana está a correr bem mas não muito bem prá escrita. Como sabem gosto de dar aos meus textos um formato meditativo mas esta semana isso é de todo impossível. Estou assoberbado de trabalho e tive mesmo de fazer de motorista não só prás minhas melhores damas mas também pra outro vaquedo avulso que tive de recrutar à pressa. Claro que a pressa é inimiga de arranjar boas putas mas que posso eu fazer? De repente tenho um pane geral em todos os meus clientes e todos a pedirem miúdas portuguesas, portuguinhas, portuguese ladies e tudo o resto. O meu desprezo pelo Euro começa a revelar-se uma má opção estratégica. Mas se tenho de minorar a minha qualidade ao menos vou fazendo-o de forma mais ou menos calculada. Como se faz um recrutamento-relâmpago? Como se reconhece uma boa puta? A questão é complexa e nada a desprezar. Uma puta não é apenas uma rapariga com vontade de ganhar dinheiro e poucos escrúpulos morais. Como é certo e sabido uma puta é antes de mais uma fonte de rendimento altamente incerta pró chulo. Portanto... se temos de recrutar com pressa é natural que também a dispersão do rendimento seja maior, as mentiras em relação aos serviços também aumente, e o risco geral de a menina não agradar ao cliente por motivos comportamentais dispara, pois os tempos de estágio, treino, foda de teste e outras questões logísticas são mínimos. Sendo assim, como é que o chulo se pode precaver? Precisa de carne pra não perder a sua quota no hotel, mas não pode ser uma carne qualquer, uma carne foleira que depois vá dar origem a queixas que o cliente irá transmitir no próximo pedido. E não se esqueçam que me considero acima de tudo um colaborador do hotel, e não um parasita dele como muito chulos.
Bem... o primeiro grupo de recrutas pra este exército de putas portuguesas que tem de ser arregimentado são as putas dos outros chulos. Ora dado que o problema é precisamente a escassez de putedo nacional prás requisições e sendo eu o principal fornecedor de putedo nacional, cá está um problema que a comunicação inter-putal não pode resolver. Outro grupo que poderia trabalhar rapidamente são as putas independentes ou de chulos de periferia mas ambos os grupos são demasiado dados a comportamentos bizarros e a recusas de sexo anal ou sexo oral sem preservativo dada a baixa protecção médica e portanto regem-se pelo “ não fazer, não adoecer” e isto não é admissível com clientes estrangeiros ( aliás, engulo aqui as minhas palavras de que pró Euro só vinham famílias, é espantoso o nro de orgias que as minhas meninas têm feito pra homens sozinhos, nomeadamente novos-ricos de leste, por mim a Croácia, Letónia, Républica Checa e afins iam todos prós quartos de final). Portanto... a solução tem de ser o aliciamento em casas de alterne de meninas mais ou menos indeoendentes, extremamente agarradas ao dinheiro e que se deixam facilmente iludir com imagens da fortuna que poderão ganhar se fizerem uma mamada sem preservativo ou sexo anal ou sexo a 5. Claro que não falam uma ponta de inglês mas é mesmo isso que os clientes de Leste querem... uma mulher cuja única comunicação seja a mudança de posição ou a preparação pra receber umas golfadas nas mamas. E as meninas do alterne fazem. Normalmente são mães solteiras. Trabalham no alterne mas têm uma certa margem de liberdade em relação ao dono da casa, são educadas pois o cliente do alterne é normalmente homem já com alguma cultura se bem que normalmente construtor civil... estão habituadas a serem mandadas mas não têm nenhum contrato verbal ou escrito com o proprietário da casa. Claro que de certa forma me custa voltar a este meio, que sempre detestei, mesmo nos tempos em que me movia nele.
Chega-se ao bar, pede-se uma garrafa de champagne que traz 50% de água e custa 75E, as meninas estão juntas no balcão, algumas nem se dão ao trabalho de irem ás mesas, confiantes que os seus atributos os farão ir ter com elas à saída. Outras, porque recebem percentagem ( são as chamadas “da casa”) ou porque as da casa já lá foram e não conseguiram nada, dirigem-se ás mesas e metem conversa com os clientes, neste caso aqui o Pimpo e o seu associado. Convém ser rápido a expôr o que se quer, o putedo de alterne decide muito depressa com exposições simples de factos e é capaz de bloquear o pensamento com longas explicações. Assim, uma percentagem é acordada, combina-se um local pra apanha da puta ( na gíria da prostituição de luxo dizemos “ a sua doca”) que fique longe de grande complicações de trânsito e pronto... uma após outra e normalmente seguindo as linhas de amizade da primeira consegue-se angariar numa casa de putedo média 15 putas pra trabalharem em metade do horário de uma das nossas verdadeiras Damas. É importante esclarecer que as minhas meninas com estas putas não verão as suas vidas facilitadas. Além de fazerem os clientes habituais serão sempre “primeiras escolhas”, ou seja, terão que lidar com clientes exigentes independentemente da sua qualidade. Ou seja, os clientes fáceis, aqueles grupos de 3 ou 4 cheios de dinheiro e sem grande sentido gourmet é que vão levar com o putedo bera. Isto tem pra mim um interesse especial. Este putedo recebe menor percentagem, portanto metendo-as nos encontros mais lucrativos é óbvio que o chulo ganha mais. E pronto... tenho de admitir... o Euro convenceu-me!!!!!!!!!!!!!!! PORTUGAL PORTUGAL PORTUGAL PORTUGAL PORTUGAL PORTUGAL PORTUGAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!