segunda-feira, março 21, 2005

O chulo em África, à conquista do Ouro-Puta

Writen as PIMPO





Visto aqui de Marrocos, Portugal parece um país desenvolvido. Quer dizer, não parece assim muiiiiito mais desenvolvido, mas mesmo assim, e apesar de tudo, desenvolvido. Marrocos é a capital Africana do putedo de exportação inter-continental, aquilo que na gestão empresarial se chama “plataforma de distribuição internacional” e que nós no ramo chamamos “uma pilha gigantesca de cu e cona barata”. Estar aqui é para mim sinal de respeito da parte dos meus colegas. O segredo é a alma do nosso negócio, e ser assim convidado por 3 colegas da minha área para uma poule de contactos é para mim uma honra. Enfim, é uma honra para mim que eles me honrem com o seu convite. Como sabem, não é deste tipo de mercado que eu levo o meu peixe para venda, mas não deixa de ser interessante esta oportunidade de conhecer os meandros do putedo Africano.
A primeira coisa que se descobre quando se tenta entender a mentalidade da puta Africana é que para ela não existem países europeus, para ela existe apenas um enorme país chamado Europa, onde se fala francês (o francês domina largamente em África como língua de colonialistas, especialmente através do crioulo) e isso basta-lhe. Para quem conhece as fronteiras europeias, especialmente aquelas que dividem a Espanha da França, a Itália da França ou a Alemanha da França, isto não é assim tão linear. Aliás, a fronteira luso-espanhola é uma das mais permeáveis, daí que para as putas Portugal seja o ponto de entrada ideal, guardando as suas poupanças para o verdadeiro desafio de entrada em França ou na Alemanha. A puta Africana sonha com um trabalho doméstico em França, onde poderá, com apenas 5 anos de trabalho continuo, aceder ao estatuto de emigrante “documentada”. Ora é com esta compreensão que se consegue fazer com que o chulo entre nesta imagem como um verdadeiro salvador, apresentando-se por um lado como verdadeiro recenseador não-oficial, por outro como intermediário de firmas de trabalho temporário ou mesmo da profissão mais desejada por estas meninas: empregada doméstica. Muitas delas vieram com os pais para as cidades marroquinas e são mais difíceis de aliciar para este verdadeiro “Eldorado”, pois para os africanos a mulher é milhares de vezes inferior do que a puta mais feia é para o mais facínora chulo.
Ou seja, o problema não é convencer o pai (ou mais normalmente o irmão mais velho) de que a filha irá para um futuro melhor, a questão basicamente é “o que é que a família ganhará com isso” e pouco mais. Claro que muitas vezes não se chega a falar de moeda, pois quase todos os Africanos são totalmente vidrados em haxixe e um pacote médio é normalmente suficiente para fazer o mais agarrado e virtuoso dos pais largar a mais inocente das filhas. Mas a questão não pode ser abordada tão desbragadamente. Para esta gente, que nada tem e sem nada vai continuar, é fundamental a questão da “honra”, da forma, do “acordo”. Aliás, não existe problema nenhum em se redigir um “papel”, que para o chefe de família terá o valor de uns “10 mandamentos” desde que assinado por ambas as partes, em que se determine as condições em que a filha será tratada, a frequência com que será autorizada a telefonar para casa, a garantia de que a sua virgindade será mantida intocada e todas aquelas palhaçadas que para essa gente são tão importantes. Aliás, o chulo deve-se aproximar da família de forma séria, através de um intermediário de bom nome, e sem excessiva simpatia. Aliás, trata-se de separar, quiçá para sempre, uma família, e se isso custa até a uma cadela, imagine-se a estes tipos.
O valor que se paga não é para riqueza da família, poucos são os pais que vendem sistematicamente as filhas como forma de rendimento, e normalmente essas chegam-nos num estado que está afastada qualquer possibilidade de trabalharem em hotéis ou de forma exposta na sociedade, o que reduz drasticamente a possibilidade de um negócio de trespasse da puta depois de convenientemente trabalhada. Portanto, o ideal é uma menina de 16, 17 anos, cujo pai se mostra escrupuloso mas sem ser demasiado exigente nos termos do acordo, com poucos irmãos (a existência de irmãos aumenta a possibilidade de “vinganças de honra” que nos podem apanhar completamente desprevenidos, como tem acontecido com vários chulos franceses menos atentos, que não percebem que se a irmã queria ir para França, provavelmente os seus 8 irmãos também quererão fazer essa viagem) e com um corpo apresentável, ou que fique rapidamente apresentável com uma dieta mais nutritiva. Para alguém, como eu, que sempre viu nas putas africanas um mercado inferior e sem grande mistério, tem sido para mim surpreendente a complexidade com que os meus colegas se deparam e começo a perceber a forma como eles mantêm uma rédea extremamente curta nestas suas funcionárias. O risco de denúncia é maior (no caso de uma puta ser apanhada por um polícia à paisana indicará o chulo sem pensar duas vezes, a troco de uma promessa vaga de ficar no país); o chulo não tem qualquer compensação pelo trabalho acrescido de ambientação da puta ao país; raras vezes estas putas aprendem os modos do país, sendo sempre demasiado ingénuas e portanto são habitualmente enrabadas, fodidas em grupo e fodidas sem preservativo sem qualquer acrescento de rendimento para o chulo, e no caso das fodas sem preservativo, havendo o risco de transmissão doenças que destruirão a fonte de rendimento de um chulo.
Tendo isto em conta parece-me natural a atitude de quase reclusão em que estas putas vivem. Se para uma puta nascida e criada em Portugal e a ganhar 60 a70% das suas fodas um cliente consegue facilmente atraí-la para dar mais umas fodas com joalharia barata, com uma puta africana pode bastar um simples jantar para que ela deixe de referenciar o cliente e portanto o chulo deixa de ter acesso ao rendimento que resulta desses encontros entre a puta e o cliente. Enfim… um mar de trabalhos que só me convence a não me meter neste tipo de putedo, ao menos ás minhas princesas eu consigo explicar as coisas como são, com estas putas só com chapada mesmo…
Vistas assim as coisas este negócio tem margens de lucro astronómicas mas os riscos são mais que muitos (inclusivé, a puta pode não chegar a Portugal, vítima de inspecções alfandegárias). Portanto, depois de escolhida a puta o chulo tem de fazer o “piéce de resistence”, que na gíria aqui em Marrocos quer dizer, “ver se a puta gosta de foder”. Ora sendo a grande maioria delas virgens, isso é muito complicado, mas essencial para não se comprar gato por lebre. E aqui entra em acção a criatividade destes marroquinos, que são comerciantes dos quatro costados. Ora se a puta não servir para foder, ou seja, tiver muito medo do homem, não aumentar os ritmos conforme lhe é pedido, não chupar, não dar o cu ou dar o cu e gritar demasiado quando é enrabada, o chulo entregará, já com lucro pois não será necessário fazer a negociação com a família, a recentemente tornada puta a um chulo local que fará uma distribuição pelas zonas costeiras de África, longe da família e normalmente em bordéis móveis que percorrem a Margem Sul do Mediterrâneo, ou mesmo em bordéis nos países do Eixo do Petróleo, em que serão o sonho de qualquer trabalhador à procura da estóica mulher africana. Claro que aí poderão dizer os meus caros leitores “mas isso é uma crueldade”. Sim, é uma crueldade, mas crueldade maior seria colocarmos em risco no nosso negócio. É como ter uma laranjeira com laranjas podres no meio de um laranjal e mandar as laranjas podres juntas com as outras e ficar à espera que os clientes não notem. Quer dizer… profissionalismo acima de tudo.
E vocês dirão: “mas então não seria muito mais fácil aos chulos europeus comprarem directamente dos bordéis marroquinos do que irem buscar as meninas ás famílias?” E eu digo: devem estar a brincar comigo não?
A definição de “menina nova” num bordel africano é uma tipa que está lá há dois meses, já foi comida por 50 marinheiros, ainda não apresenta sinais evidentes de nenhuma doença venérea (apesar de quase de certeza a ter) e para ela foder é ficar muito quietinha que é para apanhar pouco, totalmente o oposto da atitude e do estado de saúde e de espírito pretendidos pelo cliente europeu de luxo.
Por mais que nos custe a negociação com a família, esta é a única forma que os chulos europeus encontraram de garantir qualidade nas meninas que levam para os seus países. Claro que há fraudes: meninas que têm “famílias” que não passam de encenações dos chulos locais para arrancar mais dinheiro aos profissionais europeus; meninas de famílias incestuosas que parecem zombies de tão habituadas que estão a serem violadas pelos familiares em conjunto; meninas com doenças que não se conseguem detectar antes que seja tarde demais; meninas que já têm familiares nas cidades para onde os chulos as vão levar (e que por omitirem esse facto recebem mais das famílias, poucas são as famílias que neste momento não têm já um parente na Europa…) o que reduz drasticamente as possibilidades de o chulo controlar de forma mais restrita a menina… etc etc etc…
Enfim… e é por isso que eu não me meto com putas africanas…