terça-feira, junho 08, 2004

O fétiche, o pénis, a falta dele e como as mulheres já não são quem eram no tempo de Freud

Written as FREUD



“Organisation particuliére du désir sexuel, ou libido, telle que la satisfaction complete ne peut pas être atteine sans la presence et l’usage d’un object determine, le fétiche, que la psychanalyse reconnâit comme substut do pénis manquant de la mere, ou encore comme significant phallique…”

A. Binet



Um amigo meu insiste que tenho um fetiche por mamas grandes. Pensando bem na minha vida sexual, as parceiras das últimas semanas eram bastante avantajadas mas aquela com quem comecei um relacionamento de características mais monogámicas tem uma linha assustadoramente esbelta. E não é que tenha feito nenhuma escolha particulamente decidida por ela. O nosso encontro foi tão violento e tão súbito que é quase impossível imaginar que tivesse existido qualquer interesse entre nós que não fosse o prazer de partilharmos os mesmos espaços e vivermos dentro do espírito um do outro... enfim...
O fetichismo tem uma susceptibilidade tremenda que é o facto de tentar compensar uma qualquer ausência evocada directamente por uma qualquer impotência. Aquilo que é fétiche é também fraqueza, porque expõe a líbido da pessoa a um elemento que, quando não é aceite pelo parceiro pode susceptibilizar imenso a vida do indivíduo. Se o parceiro não aceita que lhe chupem os dedos dos pés ou os sapatos ou que lhe cheirem os sapatos então o indivíduo entra em desiquilibrio emocional, que era mantido por esse tímido desejo. Classicamente temos a ideia de que as pessoas desejam os genitais. Eles são os elementos reprodutores, no homem são o único elemento erógeno e nas mulheres só temos além deles os peitos. Então porque o desvio pra ritualizações excitativas com outras partes do corpo sem qualquer utilidade sexual? Em mim, assim como em A. Binet nos anos 30 tenho a convicção de que ao nos desviarmos da sexualidade entrámos num domínio da não satisfação sexual e portanto eliminam-se as necessidades de corresponder a um desempenho. Normalmente o fetichista reduz-se à masturbação enquanto executa o elemento-fetiche. O seu desempenho depende apenas do seu prazer e não do outro ( duvido que haja muitos parceiros fetichista a desejar receber massagens nos pés ou que lhes lambam os sapatos) e assim eliminando esta tensão o fetichista pode-se concentrar apenas no seu desempenho. Vejam bem que o fetichismo é uma tendência extremamente moderna e só muito muito muito recentemente surgiram os fetichismos actuais ( no final do sec XIX pra ser mais concreto) com as motivaçõe smodernas. Anteriormente, os fetichismos eram elemantos desviantes no sentido em que o acto sexual poderia ter consequências graves em relações adúlteras e portanto era necessário existir uma colmatação destas com elementos díspares. Além disso, a ausência do orgasmo feminino ou sua diabolização faziam com que o fetichismo fosse mais interessante para as mulheres como forma de se superiorizarem momentaneamente aos homens, de os ver por momentos passivos, sendo que o fetichismo foi até essa altura associado ao masoquismo, mas estando o elemento doloroso ausente. A falta de desempenho sexual dos fetichisas modernos mostra-nos que é muito complicado associar elementos do passado com o presente das motivações.
Outra questão é a necessidade de exteriorização da actividade fetichista. Os fetichistas modernos gostam de se travestir no elemento que tem o fétiche, normalmente em roupas de tipo sado-maso. Ou seja, a encarnação de outra personagem em vez da assumpção plena do seu desejo mostra a auto-culpabilizaçao que emana, o desejo reprimido que encontra na roupa uma forma de auto-identificação e auto-punição ao mesmo tempo... Payne definia muito claramente o fétichismo como uma forma de prevenção de uma verdadeira perversão, mostrando que as crianças, ao fazerem associação de Mau/bom nos objectos que as rodeiam exibiam a incapacidade de féichar as sua relações de carácter fálico e portanto o valor do fétichismo era mais como valor preventivo. Mas olhando de relance prós estudos recentes de Dryer e Marks Ollen os fetichistas adultos são pessoas extremamente tímidas, iniciaram tarde a sua vida sexual, sofrem de uma baixa auto-estima ou de deformações físicas auto-impostas tais como a obesidade e não conseguem evitar a ejaculação precoce. Ou seja, o fétichismo como elemento sexual é univocamente associado aos homens, e as mulheres muitas vezes justificam a sua participação nestas invocações por “amor” ou para agradar ao parceiro, mas sem verdadeira satisfação sexual. O próprio facto de os fetichistas não desejarem assumir-se na sua “pele” como fetichistas e só sentirem desejo de prácticas fetichistas com as roupas próprias nas ocasiões em que pretendem comsumar o fétcihe em si mostra a dificuldade em assumir a necessidade-fétiche fora de um contexto de expurgação do mal...
Outra questão é que o fetichismo descontrolado parecia nos tempos de Dreud apanágio das mulheres e não dos homens. Freud deixou, no volume 4 das suas notas várias referências a casos de fétiches em mulheres que hoje em dia associámos quase inteiramente aos homens, como o fétiche de cheirar e lamber e massajar pés. Esta reversão desde o início do Sec XX e o início do Sec XXI mostra como evoluiram as necessidades sexuais e os confrontos de pressão sobre a performance entre os sexos. Hoje em dia é o homem que está a sofrer com esta constante pressão da mulher pra obter o orgasmo, mas é sobre orgasmo que versa o próximo texto portanto não me vou alongar muito sobre ele... digámos apenas que Freud referia o desejo que a mulher tinha de que lhe lambessem os pés como forma de compensar o pénis ausente mas hoje em dia, em tempo de maior liberdade e igualdade, é surpreendente que a mulher já não sinta falta deste orgão-fantasma. E cada vez mais jovens as mulheres começam a masturbarem-se e a desejar dos seus parceiros mais e mais orgasmos, iguais aos que sentem precisamente quando se masturbam... e eles claro... vão-se sentindo mais e mais impotentes pra fazer valer as suas vontades, os seus desejos... as suas tendências... e assim com este desvio tentam repescar um pouco daquele pénis perdido quando as mulheres passaram a ser iguais e até rivais dos homens. Assumindo que lhes falta o “membro” social passam para a perspectiva de “escravos”, que atinge o seu apogeu com o masoquismo, em que a mulher provoca dor física e privações várias no seu corpo e mente.
Quanto ao meu fétiche, ele sem dúvida quem vem de um associação de peito grande-inteligência superior que cultivei até aos dias de hoje. As mulheres mais inteligentes que conheço têm o peito grande portanto foi com naturalidade que esta associação associada a um desejo crescente de conhecimento fez com que me atraisse com muita maior frequência por mulheres com essa característica mas sem descuidar o elemento sexual. Continuo a adorar fazer sexo com elas, especialmente sexo anal e que me façam oral com afundanço portanto não houve um qualquer desvio nos elementos de satisfação associados. Mas gosto de sentir um bom par de mamas na boca, e nas mãos já agora, de puxar o leite ao mamilo e de o chupar, numa fantasia que partilho com 99.99999% dos homens e cuja explicação dispensa aprofundamentos ; )

PimPolítico

Writen as PIMPO

Outro dia ouvi uma troca de insultos ao longo de um dia de campanha eleitoral e, numa noite à volta de 50grs de cocaína disparei o assunto entre os meus pares: “ A política diz-vos alguma coisa?”. Vejam bem... não estava a dizer se o extra pago pela discrição por um político pra gozar dos prazeres da carne com uma vaquinha compensava o trabalho que depois dá convencer a menina a não ir aos jornais, incluindo em alguns irmãos dar-lhes porrada violentamente. Referia-me mesmo aos políticos e à forma como eles operam na sociedade. Será que política e chuledo estão ligadas por teias invisíveis? Será que a actividade de arranjar votos prá eleição se compara a um canto de sereia tal como o que nós temos de aplicar na gaja antes de a pôr a render e entregar aos clientes, tal como o político entrega a quem lhe deu o dinheiro prá campanha os favores pretendidos. Aqui há uma questão muito susceptível que tem a ver com realismo que é o facto de a puta saber o que se está a passar. Ela, mesmo sob o convencimento do dinheiro sabe que se trata de um negócio e o chulo vai abarcar grande parte do lucro, mantendo-se a operar muito depois dela partir do seu mundo. O eleitor não tem conhecimento concreto do cliente, não sabe quanto vai receber por acreditar no político e acaba por ser fodido na mesma, mas ao contrário da menina não o sente na pele. Estas questões suscitam-me a antiga reflexão de que nós, os chulos, somos uma casta moral superior e que o nosso interesse está para além das confusões diárias e mundanas dos restantes seres humanas...
Outra questão fundamental é o facto de os políticos sucederem-se e revezarem-se no reinado do putedo eleitoral. Ora um chulo que aceita a vaca de outrém é pra ele ganhar dinheiro na mesma, mas é porque a vaca trabalha bem e merece receber mais. Ou seja, no mundo do putedo há objectivamente melhores e piores chulos. Há aqueles incapazes de fazer mais que 1000€ sem os gastar logo na droga, há os que aparentam nobreza mas trabalham em motéis e foleirada anexa e depois existem os lords que dizem respeito ao gajedo de luxo e habitam pelos corredores dos melhores hotéis do país. Ora a puta sabe à partida que mudando ao longo deste esquema está a entrar em reinos cada vez mais lucrativos e a sua polidez terá de ser aprumada ( é do vosso conhecimento que poucas das minhas meninas são deste tipo e que as arrebanho directamente nos liceus mas falo da classe em geral). Ora com os políticos não existem estas matizes. Políticos diferentes não conduzem o povo a melhorias significativas da sua vida logo o que se pode concluir é que os políticos são chulos de baixo calibre, com boas capacidade pra juntar carne mas muito pouco jeito pra pô-la a render. Assim, e anuncio isto aqui pela primeira vez, os chulos deveriam ser candidatos naturais a cargos políticos. Estámos habituados a gerir orçamentos, lidámos diariamente com diversas dificuldades logísticas, correspondemos aos desejos das nossas meninas e sabemos que muitas das coisas neste mundo não são imediatas e temos de ser esforçados trabalhadores para as alcançar. Algumas medidas emblemáticas seriam por exemplo a redução do imposto automóvel sobre veículos de alta cilindrada, o fim do imposto de sisa sobre grandes propriedades e moradias, a regulamentação da compra e venda de meninas ( pode-se comprar um grande jogador estrangeiro mas não se pode adquirir com garantias legais uma prostituta de luxo estrangeira), a diminuição dos custos das passagens aéreas ( possibilitando assim o envio de meninas de Lisboa pró Porto ou pra Faro sem os brutais custos e demores do transporte automóvel permitindo assim centralizar o serviço de calling). Parecem medidas ego-cêntricas em sem qualquer utilidade pró país em geral mas só de aplicação em relação aos mercadores de bifes de cona mas isso é falso. Imaginem a alegria que um director de uma empresa teria em ver chegar rapidamente e sem demoras a menina que ele pediu pra seu serviço, e ela vir sem o cansaço de 2 horas numa autoestrada. Ou então o bom que seria se um chulo não tivesse que gastar tanto em imposto automóvel pra adquirir os carros que tem na garagem, seria capaz de fazer um reinvestimento muito maior do capital ganho com as princesas.
Outra questão central da política é que o político tem um Programa de Governo. Ora é sabido que mal toma conta da puta-eleitorado a primeira coisa que o político faz é dizer que afinal aquele programa não é válido por gestão gravosa do chulo anterior. Ora aí as duas profissões tocam-se. Sabemos que aquela menina trabalhava no hotel Tal mas metendo-a a fazer serviço aí dizemos que certos comportamentos dela não agradaram ao cliente, ou fazemos um “cliente-bufo”. Alguém que à miníma falta de profisisonalismo da menina se recusa a pagar e depois passamos-lhe um sermão a dizer “ Foi pra isto que te fui buscar ao Tone? É esta merda que eu vou ter de aturar agora todos os dias é?” E pronto... qualquer ideia que a vaca tenha de melhoria pela transferência de poder desvanece-se... Assim o eleitor fica a saber pela boca do político que os clientes estão insatisfeitos ( e de facto estavam porque senão não despachavam do outro chulo que lá estava) e terão que ser feitos re-ajustes pra que o negócio continue a rolar como rolava antes. Claro que o político, tal como o chulo, não tem de se responsabilizar pelo que o outro asno fez, por ter metido a fufy nos hotéis errados e ter-lhe ensinado os modos humanos. Portanto é com o corpo que a vaca vai ter de equilibrar as coisas e nós, bem... nós lá estámos pra dar apoio e pra receber o dinheiro, desde que a necessidade de apoio seja pouca e o dinheiro seja muito. Vejam bem... já um político foi trabalhar pra algum sector da economia pró melhorar? Do tipo, “ os cereais do país são todos comprados no estrangeiro, vamos fazer uma empresa que vai fazer os melhores cereais do mundo e vamos dinamizar esse sector”? CLARO QUE NÃO. Tal como nós Pimpos, os nossos irmãos políticos estão ali pra dar apoio logístico, pra fazer com que as coisas aconteçam sem problemas, equilibrando as necessidades dos clientes com as necessidades das vacas em causa, não somos responsáveis pelo que acontece quando os dois se metem num quarto de hotel.
Algumas diferenças que saltam à vista é o facto de a profissão de político ser muito mais mediática. Eu também se tivesse de comunicar com 9 milhões de damas não podia tar a ligar pró telemóvel de cada uma, mais me valia ir à televisão e dizer “ Pitas, toca a ir trabalhar, cá está o mapa de quecas prá tarde e prá noite e as que estão de sobreaviso pra segundas escolhas.” Mas lá está... o políico é um chulo com falta de confiança e com pouca qualidade. Ele sabe que a vaca não está a ganhar muito com o chuledo dele e tem de estar constantemente a mostrar-lhe as vantagens do seu magistério. Ela não vê o dinheiro por isso é preciso ter projectos, livros brancos, comissões de sábios, grupos de pesquisa, sistemas de avaliação, comissões políticas, comissões parlamentares... enfim... é preciso mostrar que se está a fazer qualquer coisa, porque assim a vaca talvez nem repare que nada está acontecer, não está a ser chulada, se calhar ela presa no seu dia-a-dia nem se apercebe que o chulo lhe vai À carteira e lhe chupa as hipóteses de ter uma melhoria efectiva de vida.
Outra diferença gigantesca é o facto de os políticos se especializarem não pela qualidade d carne mas por regiões geográficas e partilharem as damas uns com os outros. Os chulos do Parlamento mandam nas damas de todo o país, mas estas são proximamente mantidas sob trela pelos chulos locais da Câmara Municipal. O que interessa é que o dinheiro corre e há pra todos, por isso daqui do terraço da suite do Hotel mando um abraço pra esses meus amigos agora envolvidos em campanha de arrebanhamento de pito. Pra todos vós um abraço fraternal...